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VIBE NEGRA o seu blog sobre a noite alternativa carioca.
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Niterói, não vá

Arariboia puto, dando as costas para niterói percebendo a merda que fez

Por falta de opção, estando eu na casa de um amigo em niterói, acabei saindo por estas bandas em uma sexta-feira de março, e não foi legal.
Resolvemos - por falta total de opções de "coisas a se fazer em niterói" - ir em uma choppada no espaço convés perto da praça cantareira, a privada de niterói que dizem ser a "lapa de niterói", a filial da boca do lixo. Chegando no local não havia ninguem, compramos uns ingressos por 5 pilas cada e fomos beber um pouco. Enquanto isto, podia ser visto um movimento massivo de pessoas em procissão com garrafas de vodka na mão e garotas bebadas com microfantasias compradas em sex shop indo para a festa a fantasia da UFF. De uma hora para a outra o local virou um formigueiro foda, e era perceptivel que a quase totalidade das pessoas não eram de facto estudantes da UFF,- Havia até, diga-se de passagem, seres humanos que se deram ao trabalho de atravessar a ponte de taxi para vir para niterói apenas para esta festa!-, enfim.
Depois de algumas garrafas de cerveja, eu e um camarada fomos para a tal choppada, que era entitulada "choppada de produção cultural"; Assistimos a um cenário ruim, pseuplays, lésbicas, pessoas vomitando e uma cena bastante bizarra. Fui abordar um grupo de garotas para saber sobre o movimento da festa pois elas ja haviam entrado devido as pulseiras no braço; Ao chegar perto delas e perguntar sobre, um garoto vem em minha direção e tenta me impedir de conversar com as mesmas! Continuei conversando com elas e as mesmas por perceberem uma possivel briga acabaram se afastando, enquanto o garoto tentava me afastar e ao mesmo tempo pedia para mim não arrumar confusão. Note-se o comportamento tipicamente animal de um niteroiense que se achava no direito de tirar uma de "proprietário das mulheres", quando na verdade não passava de um mero amiguinho das meninas. Logo após esta cena escrota, demos umas andadas por ali e acabamos indo embora pra casa às 3 hrs da manhã, em uma cidade com greve de onibus pagando por uma van que estava a ponto de se desfazer a qualquer momento.

A grande lição do capitão planeta neste dia foi:  É melhor o vazio do rio do que o vazio de niterói.

O vazio de um rio de janeiro

O que fazer quando não há mais nada de novo para se fazer?
Geralmente as pessoas se drogam, é isso que acontece.

O que fazer em um rio de janeiro que não tem nada mais para se fazer? O que fazer quando festas não te atraem mais? Quando não há mais graça em ficar bebendo por beber? Quando todas as opções ja foram exauridas, quando todos os bairros ja não te atraem de forma alguma, o que fazer?

Chega um momento na vida de uma pessoa que isto acontece, e no tédio ela prossegue com seus copos de cerveja fazendo desenhos no papel da mesa, ou vai pra montanha e volta um santo com exercitos conquistando terras, escravos e mulheres.

Talvez este seja um abismo que todos devem passar algumas vezes talvez em suas vidas, a grande crise da noite, talvez uma abertura para novas possibilidades, para ao invés de buscar no fim de semana programas como boates, bares e restaurantes, sair para fazer qualquer outra coisa que não seja as coisas que você tem feito nos ultimos fins de semana dos ultimos anos de sua vida. O que acontece é que no final das contas os bares permanecem como opção.

A decadência do Barkana e virtudes

Ontem saí aqui do Rio de Janeiro e fui até a simpática cidade de Niterói, onde tenho muitos amigos. ao bar Barkana. Esse, um tadicional bar do bairro de Icaraí ora muito bem frequentado, já vinha estranhando os frequentadores das ultimas vezes que lá estive. Neste sábado logo ao chegar notei a forte prença de surburbanos e gonçalenses ( habitantes da favela-cidade São Gonçalo ), alem de lésbicas e outros tipos estranhos. Eu já bêbado fui conversando e conhecendo mulheres aleatórias e fiquei relativamente animado com o grande numero contatos que fiz, por "sorte" todas locais do nobre bairro de Icaraí. Hoje já sóbrio posso dizer que conheci ao menos 4:

1 - Um tribufu com um filho nas costas acompanhada de uma amiga ainda mais feia.

2 - Uma mística, que alem de estar gorda precisa visitar o pinéu de Botafogo.

3 - Uma gordinha baixinha que voltava de alguma apresentação de Axé, esta para minha surpresa eu já tinha o contato no meu celular, mas eu juro que nunca tive relações com ela. Peguei o telefone em outro dia que estava bêbado e a esqueci completamente.

4 - Uma lésbica menor de idade e suas amigas igualmente lésbicas menores de idade.

A conclusão que tira-se de tudo isso é que saber a hora certa de deixar de frenquetar um lugar também é uma virtude, a generosidade é outra virtude. Confesso que umas das razões, não a única, que insisti neste decadente bar, mesmo já o estranhando é o preço da Antartica a 5,50 uma vez que a maioria dos bares de Icaraí cobram cerca de 9 reais pelo mesmo produto.

Então, se você quiser ir em um bar, procure bares que cobrem caro pela cerveja de outro modo seu ciclo de relacionamentos pode se tornar um verdadeiro circo dos horrores.

O fim da Casa da Matriz

Embora eu não tenho tido a oportunidade de escrever sobre isso a antiga boate localizada em botafogo, Casa da Matriz, que resistiu mais de uma década foi, dentro das possiblidades que esta polêmica cena permite, a casa alternativa mais agradável do Rio de Janeiro.

Pois bem, a Casa da Matriz já havia acabado com a festa Maldita de segunda feira, a Brazooka das sextas e após este carnaval encerra definitivamente suas atividades normais com o fim da Paradiso aos sábados que resistiu por 10 anos e Sundae Tracks aos domingos. Sobrou a boa Veneno das quintas mais direcionada ao publico genérico e sabe-se lá por quanto tempo. No lugar entram festas aleatórias nunca antes vistas e produzidas por menores de idade. As festas possuem nomes e temáticas risíveis como Kinights of Rock, Arcade On Fire, Rock Away entre outros.

O primeiro dia da nova e já difunta Matriz foi com Arcade On Fire, o som estava bom e contava com bons DJs. alguns novos e alguns muito antigos da cena, embora não houvesse a tradicional sofisticação sonora da Matriz. Mas foi um grande fiasco, grande fracasso de publico. A casa que permanecia quase vazia já estava completamente vazia pelas 3 da amanhã. No dia seguinte, a hilária Kinights of Rock foi um fiasco ainda maior com participação pouco maior que a do grande numero de DJs que se reuniram para tocar no evento, e a propósito rock não tocava, só pop.

Ironicamente o fim das tradicionais festas da Casa da Matriz foi o baixo publico que agora é inexistente, as próximas e risíveis festas que se seguirão na Matriz nos proximos fins de semana prometem o mesmo fiasco, não percam o seu tempo e dinheiro.

Aqui,com muito pesar encerro e emito a certidão de óbito da Casa da Matriz.

Saber a hora certa de partir é uma virtude

A maioria das pessoas experimentam frutrações na noite, particularmente eu acho isto normal, é parte do aprendizado assim como quando você caia de bicicleta pra aprender a andar nela, no entanto vejo muitos camaradas meus errarem em pontos crucias nos  aspectos mais sutis que poucos conseguem captar, senão depois de algo tempo desenvolvendo o feeling de captar as vibes dos mais diversos ambientes, e o ponto que eu quero chegar com esse bla bla bla todo é sobre "A arte de sair na hora certa".
Imagine você com seu amigo em um bar, chega-se nele lá pras 22 e pouca, um pouco antes um pouco depois talvez, e vocês começam a beber, no entanto - e isso varia de acordo com o local - chega uma hora em que as pessoas começam a debandar - não é um movimento organizado, porém perceptivel - e de uma hora pra outra você acaba se deparando com um mar de mesas e cadeiras vazias, e garçoms limpando as mesmas esbanjando suas tecnicas de "enxotar bebados".
Geralmente é nestas horas em que você começa a ter dialogos internos existencialistas - que diga-se de passagem são convites para você sair desta vida podre que é a "vida noturna" - porém, se você é como muitos de nós que não estão aptos no momento para se retirar em um mosteiro budista no tibete afim de se libertar do cocô do mundo, este é um dos pontos em que se deve evitar para se manter um bom saldo de energias positivas na noite.

Este foi um dos optaram por não escutar às recomendações do Meste das vibes

Saber a hora certa de partir evita você manter contato geralmente com a escória que lambe vala na sargeta no fim de noite, é uma certa conduta que de minha opinião deveria ser tratada como um aspecto da higiene pessoal de cada individuo, assim como escova-se bem os dentes e se passa fio dental, evita-se o ranço da noite.
Um outro ponto que deve ser ressaltado e é talvez o mais importante deste post todo é o fato de que mesmo você sabendo que é a hora de partir, algo na sua mente, talvez seu "lado mais podre e morbido" se é que isso existe tentará de todas as formas fazer você pensar que vai ser a melhor coisa do mundo você continuar ali naquele momento, te passando a ilusão de que "algo legal realmente possa acontecer se eu permanecer aqui"; Neste momento, neste exato momento, é o grande momento, a grande hora em que você faz o que deve ser feito. Levanta, paga a conta e vai embora para casa.
Esta arte não só pode ser aplicada como vimos nos casos de bares, mas tambem nas boates e até encontros familiares; No final das contas o procedimento é o mesmo.